Estátua de José Craveirinha chumbado pelo público
Estátua de José Craveirinha chumbado pelo público
A Associação dos Escritores Moçambicanos (AEMO) inaugurou recentemente um busto em homenagem ao poeta José Craveirinha, no Palácio dos Escritores em Maputo.
A cerimónia, considerada por alguns como um marco significativo dos últimos anos da agremiação, foi descrita como a “maior e melhor das últimas décadas”. Contudo, a recepção do busto gerou uma onda de críticas e debates acalorados entre artistas e simpatizantes da arte.
Pedro Pereira Lopes, escritor e docente, descreveu a inauguração como um evento monumental, mas também mencionou que alguns consideram a escultura de mau gosto e uma representação inadequada do poeta. Herdeiros de Craveirinha não aprovaram o busto e, segundo relatos, boicotaram a inauguração.
Ruben Zacarias, um dos presentes, fez uma selfie com o busto e criticou a execução do pedestal da escultura, chamando-o de um “trabalho amador”.
Ernesto Saul, disse que o busto mais se assemelha ao general Hama-Thai do que ao próprio Craveirinha. A escritora Anna Fresu afirmou que a escultura carece da alma do poeta, enquanto Carla Maciel comentou que o busto não capta a delicadeza e o olhar atento de Craveirinha.
A crítica ao busto destaca uma divisão entre os que consideram a homenagem um tributo merecido e aqueles que veem na escultura uma representação inadequada do legado do poeta.
Quem também não ficou de fora nessa discórdia foi Adelino Branquinho, que considera o busto um vulto e pediu que se retirasse para dar lugar a um verdadeiro busto cheio de poesia.
Dos vários comentários feitos, existe algo em comum: todos querem que das próximas vezes, haja um concurso público e sejam apresentadas opções para evitar situações como essas.